60+ é o tempo de viver intensamente
A partir dos sessenta anos é tempo de se viver intensamente, aproveitar cada segundo da vida, fazer tudo aquilo que não fizemos durante toda a nossa vida. Não há mais tempo para perder com besteiras.
A vida do pobre (que depende de trabalho para sobreviver) é uma desgraça:
Quando jovem, tem tesão e tempo de sobra, mas não tem dinheiro;
Quando na meia idade, tem tesão e dinheiro, mas não tem tempo;
Quando velho, tem tempo e dinheiro, mas não tem mais tesão.
Leis idiotas são feitas para serem descumpridas. E isso se aplica também as leis naturais. A natureza é antiética e perversa. Uma zebra sendo devorada viva por leões não é algo bondoso e ético. Por isso é necessário burlar as leis naturais para não se arrepender depois.
Fico triste quando vejo idosos, ainda com boa saúde e forças, desperdiçando seus preciosos tempos de vida cuidando de netos, pendurados em bancos para sustentar filhos vagabundos, ou mesmo servindo de office boy para parentes. Alguns perdem tempo e dinheiro preciosos com ideologias toscas, sejam elas religiosas ou filosóficas. Não é passando o dia rezando, comendo vegetais e tomando banho com sabão de coco que você vai resolver os problemas do mundo (nem os seus). Com isso deixam de viver a vida e morrem revoltados. Não tem frustração e desespero maior do que se arrepender do que não fez. Pior ainda quando não se pode voltar atrás. É melhor se arrepender do que fez.
Após os 60 só temos no máximo mais 20 anos de vida útil. E estou sendo otimista. Vida útil é ter um corpo e uma mente que permitam fazer tudo aquilo que desejamos, como por exemplo, comer e beber o que gosta, fazer amor, praticar esportes, aprender algo novo, viajar, etc
Uma colega evangélica, cursou sete engenharias. Chegou aos 50 e não casou e nem teve filhos. Sonhava com um príncipe encantado e com o lar perfeito. Sua vida era trabalho - faculdade - igreja - casa. Não sobrava tempo para mais nada na vida. E quando sobrava não fazia por causa da ideologia religiosa. Apesar de essencial para uns, o freio da religião pode ser algo mutilante para outros. Aos 52 descobriu uma forma grave de câncer de mama que a levou para a morte em poucos meses. Ah! se ela soubesse o que iria acontecer. Será que teria dedicado tanto tempo e dinheiro nas mesmas coisas? Teria mantido a mesma crença? Ou teria vivido intensamente a sua vida? Se fosse possível consultá-la o que ela diria disso? Há certos momentos da vida (ou do fim da vida) que deixamos de valorizar coisas que antes tínhamos como muito valiosas. Infelizmente muitos só percebem o tempo que desperdiçaram quando chega no fim da vida. Aí já é tarde demais.
Outro colega de 74, acordava todos os dias às cinco da matina. Para caminhar? Praticar esportes? Pescar? Não. Para trabalhar e manter a empresa que abriu há quarenta anos. Trabalhava dez, doze horas por dia (inclusive aos sábados). Dirigia sua Hilux com o ar desligado para não gastar combustível. Escolhia os lugares mais baratos para almoçar. Aqueles mosqueiros nojentos eram os preferidos. E quando algum empregado desavisado jogava a fita da impressora no lixo por estar muito clara, ele ia remexer o lixo em um terreno baldio que ficava ao lado da empresa. Encontrava a fita e trazia de volta para ser utilizada até ninguém conseguir enxergar mais nada. Sempre aproveitava as viagens a trabalho. Nunca viajava a lazer. Resultado: infarto fulminante. Deixou o dinheiro para a viúva (que em seis meses arranjou outro trinta anos mais novo), para o namorado do filho (que se declarou gay quando o pai morreu) e para o outro filho viciado (que vai passar tudo que conseguir na empresa para o traficante). A verdade é que não tem essa de deixar nada para ninguém, exceto se o herdeiro for retardado. Se eu consegui eles também conseguem.
Acima temos dois exemplos do que não se deve fazer. No entanto, as pessoas parecem não se importar ou não acreditar nesses resultados. Eu chamo isso de doença. Essas pessoas são doentes. Vemos políticos já de bengala metidos em roubalheira. Vejo idosos deixando de viver para sustentar pastores conversadores de lorota, filhos e netos vagabundos e até traficantes fornecedores de parentes viciados. Sim, essas pessoas tem sérios problemas mentais e precisam ser tratadas.
Aos 60, precisamos correr contra o tempo. A vida passa rápido. Passa como um sopro, um vento que passa e não volta mais. Precisamos aproveitar cada momento que nos traga prazer e felicidade. Tudo que ainda não vivemos continua a nossa espera. Hora de fazer tudo aquilo que ainda não foi feito. O tempo é curto e precisamos ser seletivos. Precisamos de atitudes e discernimentos para vivermos o hoje. Porque o futuro já não nos pertence. Só depende de nós.
Viva. Viva muito e intensamente. Viva a SUA vida e não a dos filhos, netos, empresa ou religião. A decisão é exclusivamente sua. Sua vida e seu dinheiro pertencem unicamente a você. Porque talvez um dia você queira, mas não possa mais voltar atrás.
