Empresas defensoras de causas sociais - As duas faces da moeda


Empresas que defendem causas sociais assumem posicionamentos unilaterais e acabam desagradando consumidores que não apoiam as mesmas causas.


Quando vejo cartazes numa empresa pregando: "Causas que defendemos" e "Nossas crenças e valores", já fico desconfiado em relação a credibilidade e confiabilidade dos seus produtos ou serviços. Empresas ideológicas, que eu chamo de politicamente idiotas, pregam e fazem apologias a ideologias que nem sempre são comuns a determinados consumidores. Com isso, sempre acabam agradando alguns e perseguindo outros (geralmente a maioria).   

Com a polêmica do Sikêra JR, grupos ideológicos extremistas iniciaram um bombardeio de mensagens fazendo pressão por meio de chantagens contra as empresas patrocinadoras da emissora de TV.  O resultado é que algumas empresas cederam a essas chantagens e encerraram seus contratos com a emissora. No entanto, empresas mais confiantes e consolidadas no mercado não cederam as pressões e continuaram com seus investimentos junto a emissora de TV e o programa do Sikêra JR.

O que essas empresas esquecem é que a decisão de ficar ou sair é uma faca de dois gumes. Sim, tem duas faces. Do mesmo modo, há boicote também dos consumidores do outro lado, contrários a decisão de não mais patrocinar o programa. Os consumidores que apoiam o programa e o apresentador, também deixaram de consumir os produtos e serviços das empresas que encerraram seus contratos com a emissora. Por isso as organizações devem ser sempre neutras e nunca ceder a chantagens de grupos ideológicos extremistas, como foi o caso.  

Tais consumidores alegam que ceder as chantagens de grupos ideológicos extremistas é sinal de fraqueza e covardia organizacional. "São empresas fracas de mercado, sem confiabilidade e que não assumem suas responsabilidade junto ao mercado consumidor", "Se cederam a uma chantagem idiota dessa é porque não são confiáveis nem para os consumidores e nem para os funcionários" e "Ou melhor, se são tão covardes assim, imagina o que fazem contra a defesa do consumidor ou dos próprios funcionários?",  disse  A.L.J. durante uma conversa comigo em um supermercado (me pedindo para não comprar feijão de uma certa marca).

Inventaram a Norma "ISO 26000 - Diretrizes sobre Responsabilidade Social" com o objetivo de chamar e implantar o Programa de Responsabilidade Social na empresa em relação aos impactos demandados pela sua atividade econômica, tanto na sociedade quando na legislação aplicável. Mas aos poucos a própria Norma foi sendo modificada, e com a ajuda de gestores militantes, atualmente serve mais para inserção de ideologias toscas na defesa de causas. Interessante que formar a mão de obra utilizada pela empresa, asfaltar as ruas de acesso, construir ou reformar os barracos dos trabalhadores ou proporcionar um transporte decente para os mesmos trabalhadores, ninguém fala. Mas implantar ideologias (que é mais fácil e barato), todo mundo quer. Ninguém é idiota. Não é colocando cartazes e promovendo palestras sobre lacinhos e bandeirinhas coloridas (que insultam a inteligência e fere os princípios dos trabalhadores) que a organização será bem vista e sua reputação melhorada. Vocês acham mesmo que um trabalhador que se alimenta mal porque o salário não dá nem para comer, mora em um barraco quente, dorme sendo comido por muriçocas pretas, deixou o filho com febre numa UPA da vida para ser atendido Deus sabe lá quando, vai se importar com causas sociais? Sim, ele já é a causa social e ninguém está preocupado com ele. Isso é desumano, ridículo, hipócrita e idiota.


Organizações que produzem ou vendem bens e serviços não podem ser ideológicas. Não podem defender causas sociais porque são empresas neutras e possuem outros fins (comerciais). E se quiserem defender causas ideológicas sociais que criem CNPJ específicos e os mantenham com seus recursos. E empurrar ideologias goela abaixo nos funcionários e consumidores pode causar muitos prejuízos. Isso não tem nada a ver com qualidade e produtividade, mas apenas mais uma forma mau caráter de empurrar ideologias toscas nos clientes e parceiros.


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