Céu cristão X Céu muçulmano


O prometido paraíso celestial, que a gente só ganha quando morre, varia de religião para religião.


Praticamente todas as religiões conhecidas possuem anjos, messias, infernos e céus. Não é exclusividade do cristianismo, como alguns pensam. Aliás, quase nada no cristianismo é original. Mais parece recortes de religiões mais antigas. Mesmo dentro das religiões abraâmicas, o paraíso não é igual. No islamismo eles capricharam um pouco e incluíram cachaça e mulher (melhorou), para aguçar a cobiça dos que se matam para adiantar a recompensa com passagem só de ida (se não prestar, lascou-se). Enquanto aqui só é permitido falar com os secretários de Maomé, no paraíso os salvos vão poder bater o maior papo com o profeta. 

No céu cristão não tem cachaça e nem mulher. Os salvos vão ficar eternamente tocando harpa e cantando hinos de louvor juntos a anjos de camisolão. Tudo isso pisando em ruas de ouro, mas sem o melhor da vida. É nesse céu que os leões vão virar meros comedores de folhas (não vão devorar zebras ainda vivas e agonizando de dor, como ocorre aqui nesse mundo), um lugar sem cachaça, sem mulher e sem os sucessos do Creedence. Nunca mais vou poder pedalar e voar de paramotor. Bohemia e Budweiser? Jamais (que chato). Também espero que não inventem de colocar crianças, cachorro e futebol (se colocarem petistas e psolistas aí já estão querendo avacalhar). No céu cristão os salvos também vão poder bater mó papo com Jesus. Jesus também vai falar diretamente para as suas ovelhas. De repente, surge Jesus dentre nuvens resplandecentes e grita: aê galera, belê? E as ovelhas vão responder em coro: belê Jesus. Belê.

Já no céu muçulmano tem virgens com himens totalmente complacentes para servirem sexualmente aos salvos. E quanto mais essas virgens fazem fuck-fuck, mais virgens ficam (sempre arrochadas). Mas para a eternidade 72 virgens ainda é pouco.  Comendo uma por dia, em menos de 3 meses o salvo já passou todas, sendo obrigado a reciclar. Era para ter uma fábrica eterna de virgens, uma diferente para cada dia da eternidade. E todas bonitas e gostosas. Isso sim, é bênção. Além disso, ainda tem dois rios, sendo um de leite que nunca azeda e nem vira queijo (pingado diretamente dos peitos das vacas celestiais) e outro de vinho legítimo Romanée-Conti, produzido deus sabe lá onde. Lá Maomé também vai cumprimentar a galera. Calvalgavoando em seu cavalo alado, Memé, como é conhecido no pedaço,  grita para os seus: aê mermãos, viram o Jê (Jesus)? A galera agita a mão esquerda para um lado (como se tivesse empurrando algo), meneia a cabeça em sinal de negação e sai sem responder. Afinal, adorar Jesus é pecado mortal, dá inferno direto. E ninguém quer perder a boquinha.

Um Testemunha de Jeová grita no meio do céu que "trindade no ecxíte" e "quem adorar Jesus vai descer direto pro inferno". A turma de muçulmanos aplaude. Daí um irmão da Congregação Cristã no Brasil taca-lhe um beijo na cara. O TJ diz que é espada e pede para o irmão mandar a esposa beijar ele. É sábado e um Adventista insiste que todo mundo deve parar de trabalhar. Um Assembleísta contesta, diz que já não fazem nada no céu e pergunta se é para parar com os louvores também. Os irmãos da Universal, Deus é Amor, Casa da Benção e similares querem por fina força expulsar demônios e curar enfermos. Mas são alertados de que não tem essas coisas no céu e portanto seus serviços são dispensados. A galera da Episcopal e Contemporânea querem inserir gays no céu, mas a maioria se revolta e cita as escrituras. Em meio a confusão, um irmão judeu explica que Jeová detesta gays e por isso eles não podem ficar no céu. O pastor da Contemporânea contesta e diz que Jesus ama a todos e tolera gays, por isso eles podem ficar. A pastora da Quadrangular é rechaçada por um irmão da Assembleia de Deus, mostrando que a bíblia proíbe que mulheres sejam pastoras. Outra irmã candomblecista bate as asas e dá uns passinhos para trás. A galera católica se benze, os evangélicos falam "misericórdia" e a confusão só aumenta. Um ministro do supremo mete o bedelho, mas alguém não identificado (para não ser processado) grita: "-Vai procurar tua turma rapaz!". Trump não para de perguntar pela "amiga brasilêra". Na iminência de uma guerra celestial, Jesus e Maomé decidem separar os salvos em hostes e direcionar os mesmos para assentamentos separados. Assim como foi feito com os fantasminhas de Kardec, vaquinhas de Krishna, elefantinhos de Ganesh, leitõezinhos de Buda, leõezinhos de Jeová, cabritinhos dos Orixás e outros.

Mas calma. Em todos os paraísos só tem direito quem morrer. Vivos não ganham nada. Por isso é que alguns muçulmanos enfiam bananas de dinamite no rabo e se explodem com tanta facilidade. Esses sim, acreditam realmente no céu. Quanto aos cristãos, não vejo tanta fé. O que vejo é um doentio medo da morte e apego as coisas materiais. Nunca vi um povo para gostar tanto de dinheiro. Não, certamente os cristãos não acreditam no céu. O céu cristão se encontra descrito com mais clareza no livro do Apocalipse (ver Capítulo 21) e o céu islâmico no Corão (ver Suratas 44, 52, 55 e 56, por exemplo). 

O importante é que tanto os camelinhos de Maomé quanto as ovelhinhas de Jesus vão para o céu e também vão poder se sentar a direita de Allah ou de Jeová, ambos cognominados, "O exaltado". Não vai ter mais esses atravessadores que ficam pedindo dinheiro para passar a recado de Deus. 


Bom, cada ideólogo com sua mania, mas na minha concepção a proposta islâmica é bem mais atraente. E você? Fica com qual?  

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