As urnas eletrônicas são confiáveis?


Não é preciso ser muito inteligente para desconfiar da integridade das urnas eletrônicas.

Primeiro porque é impossível garantir confiabilidade em sistemas não auditáveis. Isso mesmo, se não é auditável não é confiável. Qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento de engenharia da qualidade sabe que a auditoria é a única ferramenta para detecção de falhas. E detectando falhas, segue-se o ciclo do PDCA para melhoria dessa qualidade e busca por um sistema ótimo. 

Segundo porque sempre houve grande resistência em tornar as urnas auditáveis. Se são confiáveis por que tanta resistência em tornar o sistema auditável? Só isso já é motivo para desconfiança.

E para enrolar os analfabetos ficam com aquela lógica circular de que nunca houve fraude, foi testada e que não há provas de falhas. Mas como podem garantir isso se não são auditáveis? Quando essa falácia é refutada publicamente mudam para a falácia do retorno ao voto impresso, que é um atraso, retrocesso e coisa e tal. Coisa que ninguém nunca falou nisso. Para quem ainda não entendeu, convém desenhar. Na verdade, é a mesma lorota da redução da maioridade penal para 16, 14, 12... Não precisa reduzir a maioridade. Se o menor de 12 sabia o que estava fazendo, tinha consciência do ato, deve receber a pena do adulto, independente da maioridade ser 18. É só isso. Esse povo tem problemas. 

Portanto, voto auditável é:

1-O eleitor votar na mesma urna eletrônica de sempre;

2-A urna eletrônica imprimir cada cédula eleitoral com o voto, após confirmação do eleitor;

3-O eleitor confirmar no voto impresso se foi aquele candidato que ele votou na urna eletrônica ou não. Se foi, colocar o voto impresso na urna, como era feito antigamente;

4-Computar os votos da urna eletrônica da mesma forma (eletronicamente, descarregados das urnas eletrônicas);

5-Comparar os votos descarregados das urnas eletrônicas, como ocorre hoje, com os votos impressos e depositados na urnas antigas, auditando e acreditando os votos.

Não tem nada a ver com retorno ao voto de papel. O eleitor deve comprovar se o candidato que ele votou foi o mesmo registrado pela urna. O botão que o eleitor apertou registrou mesmo o voto que ele queria? E aquela história de que algumas urnas registraram seguidamente mais de trinta votos para um mesmo candidato?

Essa é a única forma de garantir a eficácia das urnas. Sem auditoria não há garantia. 

Mas por que o STF apresenta tanta resistência em relação ao voto auditável? 

O fato do voto não ser auditável, somado a resistência do Estado para torná-lo auditável, e ainda, considerando que apenas três países utilizam esse tipo de urna,  obriga o Estado a implantar um sistema de votação totalmente auditável. Aliás, só a suspeita ou desconfiança já obriga o Estado a fazer isso. Agora vem a desculpa de que mais de cem observadores internacionais acompanharão as eleições. Eles vão imprimir cada voto para que o eleitor possa conferir? O que os observadores vão ver que os brasileiros não estão vendo? 

Mas o a impressão do voto pela urna eletrônica é inconstitucional... Interessante que quando é para atender a interesses escusos a Constituição Federal é o que menos importa. Quantas emendas nossa Carta Magna já não teve? Quanta vezes nossa Carta Magna já foi ignorada pelo próprio Estado?  Lembram das ideologias do princípio da razoabilidade e do bandido vítima da sociedade? 

Quando vemos "coincidências" como óleo nas praias, pragas agrícolas pelo correio que não existem aqui, advogado caríssimo voando de jatinho para defender um esfaqueador pobretão de desafeto político e gasolina de aviação adulterada dentro dos muros da Petrobrás e militância judiciária, temos a certeza de que há algo muito errado e tenebroso acontecendo no Brasil.  


Postagens mais visitadas

Mulher furada e mulher cabaço

Os micos e ridículos do desarmamento

Quer ficar parecido(a) com maconheiro(a)? Faça uma tatuagem.

Por que os cristão rejeitam a esquerda?

Ideologia canalha: inversão de valores

Eleitores transformaram o Brasil num inferno de bandidos e noiados

O Estado tem o dever de capacitar o cidadão para se proteger de bandidos

O estranho, inexplicável e incomensurável amor do povo brasileiro pelos bandidos