Vade retro, Satana!


Essa expressão foi utilizadas duas vezes por Jesus: em Mateus 4:10, para repelir o demônio que o tentava de idolatria, e em Marcos 8:33, para repreender o apóstolo Pedro, que desejava dissuadi-lo de aceitar a morte e a paixão.

Vade retro, Satana! significa "vai para trás, Satanás!" e é uma expressão utilizada por cristãos quando se deparam com algo que não conseguem explicar ou os colocam em situação de risco. Pessoas mais sensíveis (sensitivas?) sentem quando um ambiente está carregado ou com presença de pessoas perturbadas. Tal fenômeno psíquico geralmente leva pessoas religiosas a fazerem analogias com a fé.   

Fazia tempo que não sentia isso (ocorria mais na adolescência). Aquela atmosfera pesada quando a gente chega em uma casa estranha, que não é bem-vindo, possui a presença de alguém que não gosta da gente ou somente presença de gente perturbada, mesmo. Aqui no NE o pessoal chama de encosto, energia negativa ou coisa assim. Os espíritas chamam de espíritos opressores. Os psiquiatras chamam de vampiros psíquicos. Os cristão chamam de influencia demoníaca. Muitas ideologias foram criadas para tentar explicar fenômenos parapsicológicos o mesmo psíquicos. Eu chamo de fortes ondas cerebrais emitidas por fortes e latentes pensamentos alheios. Isso mesmo. Quando pensamos emitimos ondas cerebrais semelhantes a ondas de rádio e algumas pessoas mais sensíveis (como eu) absorvem tais ondas de forma mais forte. Na verdade todo mundo tem isso. Uns sentem de forma mais forte e outros sentem de forma mais fraca. Mas todos sentem. Se eu tiver de costas em um local qualquer consigo perceber alguém olhando para mim, em direção a minha nuca. Muitas vezes mudei o caminho, tanto à pé como de carro, peguei o mais longo, e me livrei de coisas ruins.

Esta semana pude sentir tal sensação estranha novamente. Ao chegar na casa de um colega que não via há anos. Ao colocar a cara na porta logo senti o impacto dessa "energia negativa". Fiquei meio tonto, com um incomodo horrível na cabeça, vontade de vomitar e uma leve dor na nuca. A coisa me perturba tanto que fico sem consegui raciocinar direito. Somente me afastando do local é que melhora. Suportei a sensação por um momento, falei com todos da casa e convidei o colega para conversar ao ar livre, fora da casa. O mal estar foi passando. Perguntei ao colega se tinha ocorrido algo na casa ou com alguém da casa. Ele falou que sim. Dias atrás, a mãe teve uma crise histérica (daquelas que perde a consciência, assume outra personalidade e muda a voz, como se fosse outra pessoa ou entidade) e passou uns dias internada numa clínica psiquiátrica. A mãe dele é do tipo mulher rixosa, que passa o dia ralhando, xingando, esculhambando, gritando apelidos feios e falando sem parar. Vinte e quatro horas de blá, blá, blá enfadonho, irritante, perturbante, desequilibrante e sacal. O colega confessou que ela sempre foi assim, inclusive ele apressou em se casar por conta disso (não aguentava mais a mãe). Desde que a mãe foi morar com eles que ninguém mais teve paz. A filha já está tendo pesadelos à noite e a esposa com náuseas e diarreia sem motivo aparente. Falei para ele conversar com ela (a mãe) para parar com isso e tomar corretamente os medicamentos que o médico passou. Caso ela não queira, o que tem a fazer é sair da casa e ir morar em outro local, longe dela. Isso se não quiser destruir a família. Eu faria isso. Ajudar quem não quer ser ajudado é a maior injustiça que alguém pode cometer na vida. O colega está sendo um carrasco para sua própria família, em nome do amor de uma mãe que está se lixando para ele. A energúmena está doente, mas doente que não quer se tratar é culpado pela doença, como é o caso dos viciados da cracolândia. Se não querem se tratar não são dependentes químicos, mas viciados que se viciaram em um vício safado.

Transtornos dissociativos como o apresentado acima são perfeitamente tratáveis por psiquiatras, contanto que paciente não fique fomentando. Fomentar tais fenômenos é como reabrir uma ferida pra que a mesma não cicatrize. Vade retro, Satana! pode se constituir na verdade em apenas mais uma reabertura de ferida. Sim, já estamos no século 21 e temos ferramentas para tratar tais morbidades. 



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