"Falsa vidente" e outros pleonasmos jornalísticos


Fonte da imagem: Imagem de Rilson S. Avelar por Pixabay 

Pleonasmos jornalísticos parecem virar moda no mundo. Se não cometer nenhum pleonasmo não é jornalista de verdade, pois não?

Dá um nó no cérebro ver um certo jornalista com sua voz cavernosa anunciar:

-"Falsa vidente é presa em SP..."  

Oi?

O pleonasmo mais recorrente é sem dúvida o da "falsa vidente", como se houvesse ou se alguém tivesse provado a existência da verdadeira. Mas se alfabetizado cientificamente fosse, jornalista não seria. Apesar de menos recorrente, o do "falso curandeiro" ou "falso médium" é ainda mais foda. Parece que o João de Deus é o verdadeiro, considerando que não vi nenhum jornalista chamá-lo de "falso médium".

Todo mundo sabia que substituir o ensino de ciências nas escolas por sociologia ideologia social ia dá nessa merda esquerdista. Mas ninguém ligou. Para que aprender a pensar conforme o Método Científico se temos sociologia? (SQN). Por décadas ideologias toscas foram ensinadas nas escolas como se fossem algo útil e importante. Um povo que acredita que teremos outro boom das commodities caso uma certo candidato volte a ser presidente não passa nenhuma credibilidade. E os desprovidos de razão (não sei como) viraram profissionais e já chegaram nas organizações. Com isso, aqueles Mauricinhos e Patricinhas baladeiros e maconheiros, agora são médicos, engenheiros, advogados, psicólogos, gestores e... jornalistas! Sim, JOR-NA-LIS-TAS (aquele pessoal que diz ter a missão de INFORMAR). Ehrr! Não. Não informam. O máximo que fazem é dá a noticia, noticiar algo. E é só isso. Informação se extrai de fontes originais, oficiais e científicas. Pior que, para não fazer propaganda gratuita, na maioria das vezes o veiculo de comunicação onde se encontra a notícia não cita a fonte. Levando o consumidor da noticia a adotar a visão do jornalista. E isso tem funcionado. Como não existe imprensa imparcial (se depende de propaganda ou de alguém que banque não pode ser imparcial), as noticias são sempre editadas, adulteradas e moldadas para que digam o que os editores querem que digam e não a verdade. Qualquer energúmeno que chame aquela discussão de comadres que acontece na TV em tempos de eleição de "debate" não  merece credibilidade e nem o meu respeito. Debate é outra coisa meu filho. Tem provas, revisão de pares, comprovações, retratações e etc Parem de chamar aquela bosta de "debate". 

Mas como se proteger da alienação ideológica jornalística?

Essa é mais fácil. Basta tomar conhecimento da notícia por meio da imprensa (tá aí a importância dos jornalistas) e buscar a informação na fonte original, oficial ou científica. Se você não é analfabeto funcional ou científico, vai obter a verdade.

No caso das demais alienações empurradas no consumidor por meio de propagandas, novelas, filmes, programas de TV e outros é mais difícil. E para se proteger da alienação ideológica embutida nas mensagens é preciso ser ninja que nem eu😎. 

Há também ideologias toscas que viraram leis, como a que obriga jornalistas chamar bandido preso em flagrante de "suspeito" ou bandido com menos de 18 de "infrator". Apenas uma forma de impor ao povo mais uma ideologia tosca. 

E essas ideologias pegam forte no populacho. Um povo onde a maioria da população é fraca da cabeça (basta ver a quantidade de autoflagelados por  tatuagens, piercings e cabelo à la ladrão de cavalo para imitar o ídolo do coração) não é exemplo para ninguém.   

Interessante que o finado James Randi passou 10 anos oferecendo um milhão de dólares para qualquer pessoa que conseguisse realizar qualquer fenômeno extraordinário e ninguém conseguiu. Até hoje ninguém conseguiu provar que existem videntes, médiuns ou curandeiros. E todos os casos estudados por cientistas de verdade foram comprovados como fraudes. Isso reforça a ideia de que "falsa vidente", "falso médium", "falso curandeiro" e outros são pleonasmos jornalísticos utilizados e absorvidos apenas por analfabetos científicos e fracos da cabeça.  

No entanto, o povo gosta de ser enganado. Tomar as rédeas da própria vida, enfrentar os problemas e perigos do dia a dia e pensar racionalmente parece ser algo difícil demais para alguns. É mais fácil se autoenganar com as mentirinhas cor de rosa que a mamãe contava. E é por causa dessa fraqueza humana que pessoas inescrupulosas sob as alcunhas de "vidente", "pastor", "médium" "quânticos", "holísticos", "místicos", "paranormais" e outros cânceres sociais se multiplicam.   


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