Ad verecundiams profissionais

Quem nunca utilizou o argumentum ad verecundiam no trabalho? Mas isso é saudável para a gestão?

argumentum ad verecundiam, também conhecido como argumentum magister dixit ou argumento de autoridade, consiste numa falácia lógica que apela para a palavra de alguma autoridade objetivando validar determinado argumento. É um raciocínio utilizado para basear a conclusão do que foi dito pelo falacioso exclusivamente na credibilidade do autor da proposição (e não nas razões que ele apresentou para sustentá-la). Ou seja, o funcionário faz uma afirmação e para dar credibilidade ou aumentar a credibilidade da mesma alega que tal afirmação foi dita por determinada autoridade no assunto, mas sem apresentar argumentos consistentes ou provas que sustentem o que foi dito.

Geralmente em reuniões empresariais sempre há quem dê credibilidade a afirmações sem provas, considerando unicamente o ad verecundiam jogado pelo malandro.

Existem vários tipos de falácias. Os possíveis prejuízos que as falácias podem causar as organizações são:

a)    Aquisição de material errado;

b)    Investimento errado ou desnecessário;

c)    Exposição de trabalhadores a riscos desnecessários;

d)    Incidentes e acidentes ambientais e ocupacionais;

e)    Danos a ferramentas, máquinas e equipamentos;

f)     Perda de matéria-prima e de tempo;

g)    Perda de clientes.

Como exemplo de falácia recente, temos a utilização das barreiras para contenção da lama oriunda da barragem que estourou e matou o rio doce. Essas barreiras de contenção foram instaladas com o objetivo de proteger os manguezais da lama tóxica. Não adiantou. Por que será? Heitor responde: Essas barreiras absorventes funcionam bem com óleo porque o óleo (como o petróleo) possui densidade menor que a da água. Ou seja, o óleo fica sobre a água formando uma película. Mas com a lama misturada a metais pesados isso não ocorre. A lama possui densidade maior que a da água, afunda e segue rente ao fundo do rio (e não na superfície das águas). Ainda há o fato de que a lama não é absorvida pelas buchas das boias. Resultado: É mentira que aquelas barreiras seguraram 80% da lama.

Nessas situações é necessário exigir do afirmante as provas das alegações (a quem alega cabe o ônus da prova. Lembra?), como por exemplo, argumentação lógica embasada em fatos, fontes indexadas, provas físicas ou até mesmo experimentos que comprovem a veracidade das alegações. Alegações sem provas podem ser úteis nas religiões, mas quando se trata de empresas podem causar prejuízos irreparáveis ou mesmo a morte de trabalhadores.

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