E continuam as pregações ideológicas toscas nas organizações

Os tentáculos das ideologias já estão nas organizações. Disfarçados de politicamente correto, ciência, sociologia, psicologia e boas práticas de gestão, as ideologias são empurradas goela abaixo nos funcionários.

Na verdade, ideologias toscas só entram na cabeça de gente fraca da cabeça. Mesmo empregados, quando inteligentes, fingem que acreditam, aceitam e celebram apenas para não perderem o emprego. Fazer os outros de idiota nunca foi uma boa ideia. 

Convidado por um gestor (estava prestando serviços na empresa no momento) e contra a minha vontade devidamente expressa ao mesmo, fui convidado para assistir a uma palestra sobre "diversidades". O gestor sabia que eu bateria de frente (eu avisei), mas mesmo assim decidiu que seria importante ouvir o que eu tinha a dizer.

Lá para tantas, e após discussões acaloradas, a palestrante soltou a pérola:

"Precisamos entender que gays são homens que não aceitam sua natureza masculina, possuem corpo de homens, mas alma de mulher. A questão vai além do corpo ou da vontade. É algo espiritual".

Nesse momento a idiotice transbordou e eu que até então estava calado, resolvi me manifestar:

"Dra, a senhora é uma profissional e fica feio fazer afirmações sem provas. Afirmação sem provas é falácia. Primeiro a senhora tem que prova que:

1-Existe alma;

2-Existe alma masculina e feminina; 

3-Há possibilidade de um homem nascer com alma feminina.

Pode começar. Sou todo ouvidos".

Após o costumeiro silencio nessas situações, a profissional começou a mostrar alguns sites, vídeos, etc

Perguntei novamente: "A senhora tem alguma prova?". 

"Aqui estão as provas", disse ela.

Respondi que queria publicações científicas (indexadas e que passaram por revisão de pares) e não besteiras de pregação apologética.

Daí ela perguntou: como assim? (que significa "sou ignorante"). Isso prova que a mesma faz parte dos 95% de analfabetos científicos do País. Claro que não podemos descartar os distúrbios ou transtornos sexuais tratáveis que envolvem a questão. Nem sempre esse comportamento é motivado por safadeza ou vício. Há diversas publicações científicas provando isso.  

Após explicar Método Científico, ela começou a xingar, dizendo que eu era um ignorante no assunto, não ia ter sucesso em parte alguma e blá, blá, blá. Retruquei, dizendo que isso é falácia (Ad hominem). Então ela apelou para os "doutores" dos vídeos e dos sites, alegando que eu queria saber mais que eles e questionou a minha formação. Novamente falei que isso era falácia (Ad verecundiam) e me retirei do local.       

Sim, são esses os nossos médicos, advogados, professores, psicólogos, engenheiros, pesquisadores, juízes, eleitores.... Não dá um frio na coluna?